Rui Ribeiro junta a Orquestra Metropolitana de Lisboa aos Lusitanian Ghosts
Com o apoio da Sociedade Portuguesa de Autores, o colectivo Lusitanian Ghosts, que traz nova vida aos cordofones regionais portugueses, vai apresentar um concerto especial com re-arranjos e orquestrações das canções da banda pelo compositor Rui Ribeiro.
A 4 de julho de 2025, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a direção de Rui Ribeiro, juntar-se-á aos Lusitanian Ghosts, banda que se dedica à criação de novas canções recorrendo cordofones regionais portugueses em desuso, num concerto especial no Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa. As canções dos três álbuns da banda, Lusitanian Ghosts (2018), Exotic Quixotic (2021) e III (2023), serão rearranjadas por Rui Ribeiro, de modo a incorporar novas orquestrações, numa fusão entre a linguagem característica da banda e a linguagem sinfónica convencional, resultando num concerto único.
Em carta aberta, o compositor afirma que "Os Lusitanian Ghosts são um coletivo com características únicas que, para minha satisfação, acrescentam uma camada adicional a esta fusão estilística. Por um lado, temos a utilização de cordofones ancestrais da cultura portuguesa, como as violas Beiroa, Campaniça, Braguesa, Terceirense e Amarantina, num esforço para preservar este património musical e organológico. Por outro lado, esta sonoridade folk é frequentemente integrada numa abordagem contemporânea de canção rock'n'roll. Unir estas duas dimensões ao carismático e lendário som da orquestra, com toda a sua riqueza de cores e potencial dinâmico e emocional, será um desafio entusiasmante que certamente me impulsionará a dar o meu melhor. Para além destas características enriquecedoras, o conteúdo literário e as mensagens presentes nas canções dos Lusitanian Ghosts estão repletas de significado, sempre com a perspetiva de construirmos um mundo melhor."
Rui Ribeiro acrescenta que sempre nutriu um interesse particular em fundir diferentes linguagens musicais e universos estéticos: "Ao longo da minha carreira, tive a felicidade de participar em projetos semelhantes por diversas vezes, sobretudo na China, onde, desde 2016, me dedico à reorquestração de música tradicional chinesa para ser interpretada por orquestra moderna, fundindo as linguagens musicais ocidentais e chinesas num esforço de revitalização de repertórios antigos. Também em Portugal surgiram, ocasionalmente, oportunidades de fusão estética, como no concerto em que tive o privilégio de participar, em 2013, juntando Aurea à Orquestra Filarmonia das Beiras. Sempre lamentei não ter tido mais oportunidades para realizar estes projetos no meu país, pelo que este convite trouxe-me uma enorme alegria!"
A colaboração com a Orquestra Metropolitana de Lisboa neste projeto é, segundo o compositor, motivo de grande entusiasmo: "O facto de poder contar com a Orquestra Metropolitana de Lisboa nesta aventura é, por várias razões, o cenário ideal: é uma orquestra jovem, coesa, enérgica e de mente aberta, habituada a interpretar música para além do repertório erudito convencional. Para mim, é também uma oportunidade pessoal de fazer música com tantos amigos e colegas com quem colaborei ao longo dos últimos anos em Portugal", afirma Rui Ribeiro.
O comunicado termina com Rui Ribeiro a expressar o seu agradecimento ao Fundo Cultural da Sociedade Portuguesa de Autores "pelo apoio generoso que torna este projeto possível" e com a reflexão de que "tanto na música como na vida, acredito que é através da fusão de ideias, de culturas distintas, da compreensão, tolerância e inclusão da diferença que podemos evoluir enquanto seres humanos, preparados para enfrentar os maiores desafios que o nosso mundo nos coloca. Que o nosso concerto, Lusitanian Ghosts & Orquestra Metropolitana de Lisboa, seja um reflexo disso, assim como uma luz vibrante e colorida com as tonalidades destes mundos musicais que ali se irão fundir. Até lá!"
Equipa Rui Ribeiro